segunda-feira, 9 de março de 2009

Inclusao Social



Não há como dissociar os termos Inclusão Social e Exclusão Social, para se pensar sobre essa problemática deve-se considerar que o processo exclusivo sempre se fez presente em todas as civilizações desde a antiguidade. O termo exclusão social, é complexo, há uma grande dificuldade em se criar uma definição geral, é um fenômeno que abrange várias formas e níveis, dependendo da situação e do momento político, econômico e social, do local ou região em que esteja inserido.
Atualmente podemos definir com maior facilidade essas formas e a dimensão desse conjunto de problemas, que com a evolução sofreu modificações marcantes, resultando num aumento progressivo desses sujeitos sociais. Nota-se que a exclusão não é provocada apenas por termos econômicos, é gerada também nos campos político, étnico, sexual, educacional, psicológico e em vários outros setores. Suas causas são amplamente conhecidas e estudadas.
Independente do conceito específico e de sua categoria, os seus efeitos despontam, gerando basicamente a falta de necessidades materiais, desigualdades sociais, psicológicas, culturais, e espirituais, afastando cada vez mais seres humanos das mínimas condições necessárias de sobrevivência, deixando-os sem condições de reverter essa situação. Conseqüentemente surgem poderes paralelos, à margem do estado de direito, buscando dar sobrevivência a esses excluídos, ameaçando criar um apartheid, uma divisão entre indivíduos miseráveis e “ousados”, e outros tidos como, “privilegiados” e temerosos.
Todos esses fatores levam à reflexão e a discussão no sentido de se encontrar soluções que conduzam à inclusão desses indivíduos na sociedade, despertam-se novas consciências, dispostas a superar todas as formas de exclusão. Sem fórmulas mágicas e diante da inoperância do Estado em encontrar resultados realmente eficientes, e não de utilizar-se de programas aliados da miséria que trazem a continuidade dessas condições, destaca-se a organização da sociedade civil buscando resolver a situação, implementando assim políticas próprias e reivindicando junto ao Poder Público a sua responsabilidade.
O sistema social atual é questionável e superado. O acesso a bens e serviços é impossível a todos. A distribuição de renda é legítima, porém injusta. O Estado como provedor e as políticas de apoio e solidariedade representam a única salvação para muitos dos excluídos, mas são paliativas.
Deve-se buscar um novo modelo baseado na valorização do ser humano e seu potencial, com compromissos éticos visando os interesses coletivos, tendo a educação como alicerce e fator transformador, assegurando os meios para a formação do caráter de cada indivíduo com a intenção consciente voltada aos interesses da comunidade, assim começa-se a reconstrução de uma nova sociedade buscando eliminar distancias entre pessoas e classes, aonde as oportunidades sejam acessíveis a todos em termos iguais, tendo o reconhecimento dos interesses mútuos como fator de controle social. A valorização da educação e seus profissionais é essencial, pois ela é a força motriz, a base única, para o desenvolvimento sustentável, sendo crucial e de prioridade absoluta para qualquer programa social, pois incide diretamente na qualidade da representação política, na forma da distribuição da renda, no desenvolvimento econômico, nos parâmetros de justiça social e na capacidade de discernimento dos indivíduos.
De outra maneira nenhum tipo de inclusão se faz permanente, e todos correm o risco de serem esmagados pelas mudanças em curso, mesmo os desapercebidos.

16 comentários:

Maria disse...

A solução é educação e amor. E deveria ser simples assim. Excelente texto.

Meu beijo

Ester disse...

Meu querido,

Sua postagem foi brilhante!
Um texto didático, porém bastante ilucidativo,

Estou muito emociona com a proporção tomada pela coletiva, os diversos pensares, as experiências e vivências, tudo isso tem mexido profundamente comigo,

Estou certa de que esse é um passo rumo a revolução que tanto sonhei e continuo sonhando, principalmente na área de educação que é a minha,

essa foto é maravilhosa, resume sem palavras a alegria resultante de uma entrega em fazer um trabalho com o coração e não
apenas técnico,


obrigada pela sua importante participação nessa coletiva!


bjs,

Christi... disse...

Amei a postagem, as abordagens feitas, de muita sensibilidade e consciência social.

Grande beijo,

Chris

Mari Amorim disse...

Olá,
adorei seu texto,
estou participando da blogagem coletiva,
ficarei feliz com sua visita
beijos no coração
Mari

Unknown disse...

Muitas vezes pergunto como que simples atos de verdade como foi desempenhado pela Ester, nos faz entrar nesse mundo magico de verdade; esse mundo que ao mesmo tempo falamos de algo serio, encontramos novos amigos, novos conteudos. Isso se chama mudança, isso é incluir na sociedade, mostrando o que somos capaz. E hoje ao ler seu conteudo deparo com varias suspresas como essa, que faz eu parabenizar a vc.. pelo excelente trabalho...

Continuemos....abraços

"A gente nao faz amigos, reconhece- os"
Vinicius de MOrais

Sueli Maia (Mai) disse...

Oi, querido.

Gostaria de poder ser mais otimista diante da perspectiva de uma sociedade mais justa e tolerante.

Gostei muito do texto.

Meu carinho,

mai

Anônimo disse...

Paulo, excelente texto ! A educação transforma, faz "cego" enxergar e com certeza nosso país seria bem menos caótico e menos excludente. Abraços !

Thais disse...

Tão simples e tão significativo, belo texto.

Um beijo.

www.desfruto.blogspot.com

Éverton Vidal Azevedo disse...

Acho que é o texto mais didático que até agora li. É preciso textos assim.

Gostei.
Parabéns!

Cristiane Marino disse...

Texto excelente! Parabéns.
O seu pensar reflete numa educação de amor e paz! Um sonho para todos, com carinho e muito trabalho poderemos atingir!

beijos

Ester disse...

Quando disse didático estava elogiando, viu?!

Sim, é claro que temos que tratar desse assunto de forma séria, e vc foi extremamente feliz na sua composição,

valeu!

Zani disse...

Oi Paulo. tbem estou participando da blogagem.
seu texto é maravilhoso,sem educação jamias haverá inclusão.
bjs

Mírian Mondon disse...

Paulo!!! Gostei muito da sua postagem, parabens!!! E isso ai, Educaçao é a resposta. Precisamos pressionar os governantes, cobrar, exigir. Eles sabem as respostas, o que eles insitem em ignorar são as peguntas.

Obrigada pela dica do site
Criança Arteira, gostei e vou ler depois com calma.

Fiquei feliz em ter voce lá no Café. Abraços e mais uma vez parabens!

LiLi disse...

=D Mt bom!!! =)

Sueli Maia (Mai) disse...

De fato, precisamos seguir acreditando.
Obrigada por tuas visitas e tão belas palavras, sempre.

Teu carinho é algo que me é muito caro.

Beijo-te,

Mai

Eduardo Santos disse...

Olá caro amigo. Ainda em viagem na procura dos amigos parceiros na Blogagem Social da Ester. Seu texto foca e exprime soluções, excelente. Um novo modelo, baseado na educação, é o que preconiza. Gostei, eu assinava por baixo, pode crêr, pois entendo que o cerne da questão está aí. Um abraço amigo.