segunda-feira, 22 de junho de 2009
Chama-me com tua voz
Bateu-me o vento, Arrastando folhas...
Sentires que levantaram vôo e me encontraram.
Flutuando, flores sem caule, floresceram,
floriram se entranhando, invadindo.
Seiva e sangue, queimando, pulsando, enraizando raízes,
selvagens, sagradas, inquietas.
E como um perfumista trago à tona rubras gotas de orvalho.
Fragmentos vibrantes!
Como o sangue em minhas veias, como a seiva na raiz,
ficas em mim, viva, silenciosa.
Mergulho o calcanhar e empurro a barca,
envolvido nesse instante transbordo...
Vou sangrando e escorres pela minha boca, arfante...
Continuar vivendo?... Levo-te no meu sangue!
E desde então, tu és.
Paulo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Fantástico.
'Levo-te no meu sangue'.
Beijo meu ^^
Mesmo estando sem título, é 'Leve'...Uma leveza dessas que plaina em um voo em que a pluma paira no ar e vai descendo devagar, leve como são os beijos, os toques, os corpos dos amantes.
Lindo em sonoridade e imagem.
Os sons do 'v'...
Beijos,
Paulo, a tua poesia é poderosa, fluente, densa e cativante! Gosto muito! Abraço
é tão simples e intensa a forma como escreves. A leitura flui e deseja não chegar ao fim...
gosto muito de tudo por aqui. E a música, ajuda bastante. :)
:*
Postar um comentário